Canetada de Moraes impôs multa milionária ao PL, partido de Bolsonaro
A decisão do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes contra o Partido Liberal (PL), legenda do presidente Jair Bolsonaro, pode impactar a vida financeira do atual presidente a partir de 2023.
Após a derrota nas urnas, se tornando o primeiro presidente não-reeleito na Era Democrática brasileira, Jair Bolsonaro (PL) vai deixar a presidência da República no final do ano. Ele também deixará de receber os R$30.934,70 mensais a que tem direito por conta do cargo que exerce. No entanto, não vai deixar de receber muito bem - mas uma de suas futuras fontes pagadoras foi impactada com a decisão do Ministro.
Além disso, Moraes condenou a colizão ligada ao liberal, de acordo com o portal Metrópoles, ao pagamento de R$ 22.991.544,60 (vinte e dois milhões, novecentos e noventa e um mil, quinhentos e quarenta e quatro reais e sessenta centavos) por litigância de má-fé ao usar “argumentos falsos” para questionar urnas. Ele determinou ainda o bloqueio do fundo partidário do PL até que a multa seja paga.
Ou seja, caso não consigam mudar a decisão de Moraes, os partidos terão que buscar esses recursos através de doações. E aí entra o impacto na vida de Bolsonaro: o PL prometeu um alto salário ao atual presidente a partir de 2023. Além de um salário mensal, ele teria um escritório com assessores, motoristas e carros à disposição. O salário prometido pelo Partido Liberal (PL) era estimado em um valor equiparado ao recebido pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.
O partido analisava duas formas de fazer isso no ano que vem: através de doações de militantes e via fundo partidário. Caso o bloqueio do fundo não seja suspenso e se os partidos não pagarem a multa, o PL terá que, conseguir doações.
No entanto, a vida do presidente não está ruim financeiramente porque recebe uma aposentadoria do Exército, com remuneração bruta de R$11.945,49 como capitão reformado. Ele ainda tem uma outra aposentadoria: a da Câmara dos Deputados, que gira em torno de R$30 mil. Isso deixaria o atual presidente recebendo quase R$42 mil mensais após a saída.