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No primeiro dia, Lula revoga decretos de Bolsonaro

Primeiras medidas de Lula devem ser publicadas no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 2 - 
 

Presidente assinou medidas provisórias, decretos e nomeou os 37 ministros do seu governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de assinar a nomeação dos seus 37 ministros, assinou as primeiras medidas provisórias e decretos como presidente da República. Dentre os documentos, constam a medida que garante o pagamento de R$ 600 às famílias que recebem o Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) e a prorrogação da desoneração dos combustíveis no Brasil.


Constam ainda entre os atos normativos, a reestruturação da política de controle de armas, a definição da estrutura da Presidência da República e dos ministérios e o combate ao crime ambiental, entre outros.

No decreto a respeito do controle de armas, o texto reduz o acesso às armas e munições e suspende o registro de novas armas de uso restrito de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). Também suspende as autorizações de novos clubes de tiro até a edição de nova regulamentação.


O decreto condiciona ainda a autorização de porte de arma à comprovação da necessidade – atualmente, bastava uma simples declaração. E determina o recadastramento no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, em 60 dias, de todas as armas adquiridas a partir da edição do Decreto n° 9.785, de 2019.

Entre as restrições estabelecidas pelo decreto assinado pelo presidente Lula estão a proibição do transporte de arma municiada, a prática de tiro desportivo por menores de 18 anos e a redução de seis para três na quantidade de armas para o cidadão comum, entre outras. Pelo decreto, o presidente determinou a criação de um grupo de trabalho que terá 60 dias para apresentar uma proposta de nova regulamentação do Estatuto do Desarmamento.

 

Lula e os 37 ministros nomeados neste domingo, 1º|  Foto: Reprodução


Sigilos indevidos e decretos segregadores

O presidente assinou um despacho determinando que a Controladoria-Geral da União reavalie, no prazo de 30 dias, as inúmeras decisões do ex-presidente que impuseram sigilo indevido sobre documentos e informações da Administração Pública.


Além disso, o presidente Lula revoga normas impeditivas, criadas pelo governo Bolsonaro, como o decreto que segregava crianças, jovens e adultos com deficiência, impedindo o acesso à educação inclusiva, e o decreto que criou barreiras para a participação social na discussão e elaboração de políticas públicas.


Combate ao crime ambiental

Por meio de despacho, o presidente determinou ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima que apresente, em 45 dias, uma proposta de nova regulamentação para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).


Em outro decreto assinado neste domingo, Lula reestabelece o Fundo Amazônia e viabiliza a utilização de R$ 3,3 bilhões em doações internacionais para combater o crime ambiental na Amazônia.

Também por meio de decreto, foi revogada medida do governo anterior que incentivava o garimpo ilegal na Amazônia, em terras indígenas e em áreas de proteção ambiental.


Privatizar não

Em outro ato normativo assinado pelo petista, Lula determinou aos ministros e às ministras que encaminhem propostas para retirar do processo de desestatização empresas públicas como Petrobras, Correios e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), entre outras.

Ademais, em homenagem à memória de Diogo Santana, ativista pelos movimentos sociais, o presidente determinou que a Secretaria Geral elabore uma proposta de recriação do Pró-Catadores, programa que fomenta e incentiva as atividades desenvolvidas pelos catadores de materiais recicláveis no país.

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