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Repasses da Bahiatursa reforçam suspeitas de compra de apoio na disputa pelo governo


Os repasses feitos pela Bahiatursa fazem parte do pacote de denúncias que apontam o suposto uso da máquina do governo estadual para compra de apoio político na disputa pelo Palácio de Ondina em 2022. Como foi revelado na edição de ontem, as suspeitas entraram no radar do Ministério Público Eleitoral (MPE) a partir de indícios de irregularidades em contratos para obras em municípios do interior, custeadas com recursos do estado ao longo do ano passado. Em especial, por meio de investimentos diretos da Conder. Entre os elementos reunidos nas denúncias de que o governo Rui Costa (PT) bancou a cooptação de aliados nas eleições, constam detalhes acerca da movimentação financeira da Bahiatursa em volume bem acima do previsto no orçamento.

Milagre da engorda

Inicialmente, o montante destinado na Lei Orçamentaria Anual para investimentos da Bahiatursa em 2022 foi de R$ 38 milhões. Contudo, os pagamentos efetuados pelo órgão, de acordo com o Portal de Transparência  do governo, somaram R$ 206 milhões, quase seis vezes mais.   

Caso ou acaso

O fluxo de verbas distribuídas pela Bahiatursa, extinta pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) na recente reforma administrativa,  reforça as desconfianças de utilização ilegal de recursos públicos com finalidade eleitoral. De janeiro a maio, os repasses festas, eventos, contratação de artistas e convênios com prefeituras totalizaram apenas R$ 16 milhões. O restante, R$ 190 milhões, foi pago entre junho e dezembro, período que abrange também os três meses de restrições impostas pelo TSE para impedir abuso de poder econômico e político na corrida por cargos no Executivo e Legislativo.

Guerra campal

O Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) virou palco de um duelo travado há cerca de dois meses entre o governo do estado e a Coopanest, cooperativa de médicos anestesistas da Bahia acusada de formação de cartel. Responsável por coibir infrações contra a ordem econômica e a livre concorrência, o Cade instaurou em 11 de novembro processo para apurar a recusa da Coopanest em atender usuários do Planserv e a cobrança direta de honorários dos pacientes conveniados ao plano de saúde dos servidores estaduais,  fruto de representação movida desde 2019.

Ponto-morto

O presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes (PSD), sinalizou a aliados próximos que não pretende acelerar os debates em torno da vaga aberta no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) há oito meses, quando o conselheiro Raimundo Moreira completou 75 anos e atingiu a idade para a aposentadoria compulsória. Por trás da decisão, está o interesse em garantir um trunfo de valor em possíveis negociações com a cúpula do PT e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, interessado em emplacar um parlamentar de sua cota no TCM.   

Tiro de largada

A força-tarefa da Operação Faroeste aguarda apenas o fim do recesso no Superior Tribunal de Justiça para retomar o cerco ao esquema de venda de sentenças no Judiciário baiano. Agora, em novos flancos.

Aprovamos uma lei de combate à intolerância religiosa com penas mais duras, e precisamos praticar a liberdade de credo. Cada um com a sua divindade e por um mundo em respeito à diversidade! Alice Portugal, deputada federal reeleita do PCdoB da Bahia.

*Jornal Correio

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