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Morre o cartunista Paulo Caruso, aos 73 anos, em São Paulo


Ele estava internado no Hospital 9 de Julho; ainda não foram divulgados detalhes, como a causa da morte ou horário

O caricaturista, ilustrador, chargista e músico Paulo José de Hespanha Caruso morreu na manhã deste sábado (4), aos 73 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital 9 de Julho.

Ainda não foram divulgados detalhes, como a causa da morte ou horário.

Ele participava do programa Roda Viva, da TV Cultura, desde 1987, fazendo caricaturas dos entrevistados.

Paulo Caruso, irmão gêmeo do também cartunista Chico Caruso, se formou em arquitetura em 1976, pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), mas não seguiu carreira.

No final dos anos 60, ele começa a trabalhar como chargista no jornal Diário Popular. Nos anos 70, ele começa a publicar no jornal O Pasquim, ao lado de nomes consagrados como Millôr Fernandes, Jaguar, Ziraldo e Henfil. 

Em 1981, inaugurou a página de humor Bar Brasil, na revista Careta, com Alex Solnik. E também publicou a coluna de humor Avenida Brasil na revista Isto É. Ele publicava caricaturas de personalidades da política brasileira, retratando os momentos mais marcantes do país de forma satírica.

Em paralelo aos desenhos, Paulo Caruso também passou a fazer sátira política através da música. Em 1985, formou a banda Muda Brasil Tancredo Jazz Band – o nome foi escolhido logo após a morte do presidente Tancredo Neves – junto a outros cartunistas que fazem música. Participavam da banda seu irmão, Chico Caruso, Cláudio Paiva, Aroeira, Luis Fernando Veríssimo, entre outros.

Ele recebeu vários prêmios, como o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 1994.

Personalidades lamentam a morte do cartunista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou uma nota de pesar oficial após a morte de Paulo Caruso.

“Paulo Caruso foi um grande desenhista e cronista político, com uma criatividade inesgotável, retratou com talento e consciência o dia-a-dia que constrói nossa história recente. O seu traço veloz e seu humor já são parte da memória nacional. Contribuiu com seu talento na luta pela democracia e por um país com direito à liberdade de expressão. Meus sentimentos ao seu irmão, Chico, aos seus familiares, amigos e admiradores”, diz o comunicado.

A cartunista Laerte Coutinho também lamentou em suas redes sociais. “Grande herói do quadrinho brasileiro.”

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, publicou uma foto com o cartunista no estúdio do programa Roda Viva, e disse: “Guardo sua arte com carinho.”

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) também se manifestou. “Sua arte será imortal e continuará ajudando a contar a história do Brasil contemporâneo.” E publicou a caricatura feita em sua participação no Roda Viva.


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