Mutação genética impede que mulher de 75 anos sinta dor, medo ou ansiedade

Mutação genética impede que mulher de 75 anos sinta dor, medo ou ansiedade


Jo Cameron possui uma rara condição no gene FAAH-OUT, que funciona no nível molecular, permitindo que ela escape de experiências dolorosas

Devido a uma mutação genética, uma mulher escocesa de 75 anos não enfrenta algo que muitos também não gostariam: ela quase não sente dor, ansiedade ou medo. De acordo com o “Independent”, cientistas descobriram que Jo Cameron possui uma rara condição no gene FAAH-OUT, que funciona no nível molecular, permitindo que ela não tenha experiências dolorosas.

Acredita-se também que os mesmos mecanismos biológicos permitem que suas feridas cicatrizem mais rapidamente. Segundo os especialistas, as descobertas, publicadas na revista “Brain”, abrem portas para a pesquisa de novos medicamentos em relação ao tratamento da dor e cicatrização de machucados.

“Ao entender precisamente o que está acontecendo em nível molecular, podemos começar a entender a biologia envolvida e isso abre possibilidades para a descoberta de drogas que poderia um dia ter impactos positivos de longo alcance para os pacientes”, disse o professor James Cox, da UCL Medicine, autor sênior do estudo.


Como começou

O caso de Jo Cameron se tornou conhecido na imprensa internacional em 2019 quando cientistas da UCL anunciaram que mutações no gene FAAH-OUT, anteriormente desconhecido, não a faziam sentir dor, estresse ou medo.

Ela descobriu a condição quando tinha 65 anos ao procurou tratamento para um problema no quadril, que acabou envolvendo uma grave degeneração articular, embora ela não sentisse dor. Meses depois, Jo fez uma cirurgia na mão e também não relatou dor depois, embora o tratamento normalmente seja muito doloroso.

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