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Um relato emocionante marcou o 370º transplante realizado na Santa Casa de Feira de Santana. Maria Betania Marques, uma auxiliar de serviços gerais de 62 anos, doou um de seus enxágues para seu filho Cleiton Marques de Jesus. O paciente recebeu alta nesta terça-feira (20), uma semana após a cirurgia, e ambos passam bem, de acordo com o urologista Carlos Alberto Amorim.
A história de Maria Betania é repleta de alegria e satisfeita ao ver seu filho, Cleiton de Jesus, de 38 anos, ter uma segunda chance de vida por meio de um transplante realizado no Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), uma unidade da Santa Casa. Essa é a segunda vez que Cleiton passa por um transplante, sendo o primeiro realizado com um doador falecido.
A vida de Maria Betania, residente em Conceição de Jacuípe, foi completamente alterada quando descobriu que seu filho estava doente aos 18 anos. Apesar de sofrer em silêncio, ela nunca deixou transparecer seu desespero para dar apoio a ele. Cleiton passou por um tratamento conservador por aproximadamente uma década, que chegou o momento em que até precisou iniciar o procedimento de hemodiálise. Seis meses depois, ele passou pelo seu primeiro transplante, e agora enfrenta o segundo devido a uma disfunção.
O gesto altruísta e amoroso de Maria Betania, que doou o rim para seu filho, fortaleceu ainda mais os laços de amor e gratidão entre eles. Ela reconhece a importância de seu ato ao afirmar que, se enfrentasse qualquer dificuldade hoje, morreria feliz por ter salvado a vida de seu filho. Ela sabia que Cleiton estava prestes a voltar à hemodiálise e entendia o quanto esse procedimento o debilitava. Graças a ela, Cleiton pode evitar esse caminho novamente.
O urologista Carlos Alberto Amorim destaca que ambos os pacientes, mãe e filho, estão se recuperando bem. A equipe de Nefrologia do hospital acompanhando o receptor do paciente para acompanhar sua evolução.
Esse transplante representa um marco para o Hospital Dom Pedro de Alcântara, atingindo a marca de 370 procedimentos desde que começou a realizar cirurgias de transplante em 2015. O primeiro transplante com doador vivo foi realizado em 2016, e o hospital continua mantendo e expandindo esse procedimento vital para a comunidade de Feira de Santana. A médica Fernanda Albuquerque, coordenadora do serviço de Nefrologia, destaca a importância desse marco e ressalta que o HDPA é uma das principais unidades transplantadoras da Bahia, tendo realizado três transplantes somente este ano.
O provedor da Santa Casa, Rodrigo Matos, destaca o esforço expressivo realizado pela instituição para manter o serviço de transplante renal, usando sua expertise em saúde. Ele ressalta que esse tratamento é de extrema importância para os baianos que estão na fila, esperando por uma oportunidade de melhorar sua qualidade de vida. Esse continua sendo o foco principal da Santa Casa.
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