Esposo da vítima, adolescente foi apreendido após ter sido localizado com a família
Principal suspeito da morte da cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, o esposo da vítima, que também é menor de idade, foi apreendido nesta quarta-feira (26) à tarde. Ele foi encontrado em Vitória, no Espírito Santo, para onde tinha fugido logo após o crime, ocorrido em Guarantiga, no extremo-sul da Bahia.
Segundo a advogada da família de Hyara Flor, Janaína Panhossi, ele e a família foram localizados por uma força-tarefa da Polícia Federal (PF) naquele estado em conjunto com outras forças de segurança. "Neste momento, eles estão na superintendência da Polícia Federal, em Vila Velha, aguardando providências", informou ao CORREIO a advogada.
Procurada, a Polícia Civil (PC) na Bahia acrescentou que o adolescente foi apresentado na Delegacia Especializada do Adolescente em Conflito com a Lei, no Espírito Santo. "Demais detalhes da ação e dos desdobramentos do caso ainda não estão disponíveis", disse a PC.
No dia 17, foram emitidos, pelo Tribunal de Justiça (TJ) da Bahia, mandados de internação e de busca e apreensão contra o suspeito. O mandado de internação tem natureza jurídica de mandado de prisão.
De acordo com o TJ, por se tratar de um caso que envolve vítima menor ou incapaz, o processo tramita em segredo de justiça, e, portanto, as informações contidas nele não podem ser disponibilizadas.
Relembre o caso
Hyara Flor Santos Alves foi morta no dia 6, em Guaratinga, no extremo-sul da Bahia, com um tiro abaixo do queixo. Segundo a Delegacia Territorial (DT) de Guaratinga, no local do crime, foram apreendidos uma pistola calibre 380, dois carregadores e munições. O caso foi registrado como feminicídio, mas não foram divulgadas mais informações sobre o suspeito.
Depois de ter sido baleada, a adolescente chegou a ser socorrida para um hospital da região, porém não resistiu. Ela deu entrada na unidade com a informação de que teria se ferido no queixo ao ter limpado a pistola. No entanto, contradições levantaram a suspeita de que se tratava de um crime.
A Polícia Militar (PM) foi chamada. Testemunhas contaram à equipe da 7ª Companhia Independente (CIPM) que o esposo de Hyara Flor fugiu com o pai depois do fato. Eles não foram localizados.
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