O empresário Adelar Eloi Lutz, suspeito de cometer assédio eleitoral contra funcionárias e de coagi-las a filmar o voto na cabine de votação nas eleições de 2022, lançou a pré-candidatura a prefeito em Formosa do Rio Preto, oeste da Bahia, pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB).
Adelar foi investigado pelo Ministério Público do Trabalho após o vazamento de áudios em que ele força seus funcionários a filmar o voto no primeiro turno das eleições presidenciais de 2022, ameaçando demitir quem não concordasse a votar em Jair Bolsonaro.
De acordo com informações do site Política Livre, o empresário ainda orientou as trabalhadoras a usarem o “celular no sutiã” para filmar ilegalmente o voto.
“[Disse] se vira, entra com o celular no sutiã, que seja. Vai filmar, senão rua. Filmaram e provaram que votaram”, afirmou.
Após a repercussão dos áudios, ele se pronunciou dizendo que estava “brincando com amigos” ao citar demissões e que não estava falando sério ao relatar a pressão sobre funcionários.
Adelar firmou um termo de ajuste de conduta com o MPT. Para evitar uma ação judicial, pagou indenização de R$ 150 mil por danos morais coletivos e fez uma retratação pública em suas redes sociais.
A pré-candidatura foi lançada em maio em ato que incluiu a divulgação de um jingle que parodia a música “Macetando”, de Ivete Sangalo.
Além da suspeita de assédio eleitoral, Adelar também foi investigado por um episódio de violência doméstica em Formosa do Rio Preto e por propaganda irregular nas eleições de 2022.