Declaração surge após o militar tomar conhecimento que o ex-presidente não assinaria minuta do golpe
Um dos oficiais envolvidos no plano disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não assinou a minuta golpista por “medo da prisão”, segundo consta no relatório emitido pela Polícia Federal (PF).
Em um áudio, o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Neto afirmou que foi informado por Mauro Cid, ajudante de ordens do antigo governo, que Bolsonaro não iria assinar o documento que previa intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e prisão do ministro Alexandre de Moraes.
“Só faria se tivesse o apoio das FORÇAS ARMADAS... porque ele tá com medo de ser preso. (...)”, aponta o relatório da PF sobre áudio enviado por Corrêa Neto.
Corrêa Netto é apontado pela PF como o organizador de uma reunião de oficiais das Forças Especiais do Exército para discutir a trama golpista em 28 de novembro de 2022, quase um mês após o segundo turno das eleições presidenciais.
O áudio foi enviado no dia 21 de dezembro de 2022 para coronel Fabrício Moreira Bastos, que era adido em Tel Aviv, Israel, até novembro deste ano.