Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, alega que autoridades sabiam que ele não havia deixado o Brasil
A defesa de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, anunciou que irá apresentar uma notícia-crime contra o ministro Alexandre de Moraes (STF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e agentes da Polícia Federal, por abuso de autoridade, coação e outros crimes. A informação foi divulgada pela coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, na noite desta quarta-feira (19).
O motivo da ação é a quebra de sigilo de celulares de Martins, realizada em outubro de 2023, conforme informações presentes na delação premiada de Mauro Cid. A defesa de Martins alega que os dados de geolocalização extraídos dessa quebra de sigilo comprovam que ele não deixou o Brasil no final de 2022, como inicialmente alegado.
A suposta viagem aos Estados Unidos foi a base para a decretação da prisão preventiva de Martins, em fevereiro de 2024, por parte de Moraes, que citou o risco de fuga. A prisão foi solicitada pela Polícia Federal e endossada por Gonet. Martins permaneceu preso por seis meses até ser libertado com a imposição de medidas cautelares.