Por Joab Vitorino - Bereu News / Donald Trump ao lado de Jason Miller - |
O cenário diplomático entre Brasil e Estados Unidos voltou a se acirrar neste domingo (10) após declarações polêmicas de Jason Miller, conselheiro do ex-presidente americano Donald Trump. Em postagem na rede social X (antigo Twitter), Miller afirmou que “não vai parar” até que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja libertado de sua prisão domiciliar, determinada no dia 4 de agosto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em resposta a um internauta que minimizou a importância da libertação de Bolsonaro em comparação a um eventual impeachment de Moraes, Miller escreveu de forma enigmática e ameaçadora: “Libertem Bolsonaro... ou então”, insinuando possíveis retaliações.
Sanções contra Moraes elevam crise diplomática
O episódio ocorre poucos dias após o governo norte-americano sancionar Alexandre de Moraes, no dia 30 de julho. As medidas incluem bloqueio de bens e contas nos EUA e proibição de entrada no país, com base na Lei Magnitsky, criada para punir autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.
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Itamaraty reage e defende soberania nacional
No sábado (9), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nota oficial rechaçando as declarações do vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, reproduzidas pela embaixada americana no Brasil. O texto classifica a postura de Washington como um “ataque frontal à soberania brasileira e à democracia”.
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O governo brasileiro reforçou que o país “não se curvará a pressões, venham de onde vierem” e manifestou “absoluto repúdio às ingerências externas nos assuntos internos”.
Acusações contra STF repercutem no exterior
Na publicação feita pela embaixada americana, Landau acusa Moraes de “usurpar poder ditatorial”, alegando que o ministro estaria ameaçando membros do Legislativo e do Executivo. A fala aumentou o clima de atrito político e diplomático entre as duas nações.