Jovem morre após tomar estimulante sexual antes de jogar futebol em Feira de Santana

Por Joab Vitorino - Bereu News

Um jovem de 23 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca possivelmente provocada pelo uso de um estimulante sexual antes de uma partida de futebol. O caso aconteceu no distrito de Maria Quitéria, em Feira de Santana, nesta segunda-feira (20).

De acordo com informações da TV Subaé, o rapaz — que não teve o nome divulgado — procurou atendimento na Policlínica de Maria Quitéria por volta das 19h de domingo (19), relatando fortes dores de cabeça e incômodo atrás dos olhos. Aos profissionais de saúde, ele contou que havia ingerido um medicamento semelhante à tadalafila, substância usada para tratar disfunção erétil.

O jovem ficou em observação durante toda a noite, mas o quadro clínico se agravou na madrugada. Mesmo após tentativas de reanimação, ele não resistiu e morreu na manhã de segunda-feira.

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para realizar a perícia e a necropsia, que devem confirmar a causa da morte. O caso foi registrado na 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana como morte a esclarecer.

🚨 Uso de estimulantes para atividades físicas preocupa especialistas

Nos últimos anos, o uso de medicamentos como a tadalafila — popularmente conhecida como “tadala” — tem se tornado comum entre jovens que acreditam que a substância pode melhorar o desempenho físico devido ao seu efeito vasodilatador.

Contudo, especialistas alertam que não há comprovação científica desse benefício. Segundo o urologista André Costa, o uso sem prescrição médica pode causar sérios riscos à saúde.

“Preocupa bastante a possibilidade de dependência, principalmente psíquica, naqueles pacientes que fazem uso sem a devida necessidade”, explica o especialista.

Além disso, o consumo do medicamento em combinação com álcool, energéticos ou esforço físico intenso pode sobrecarregar o coração e levar a complicações graves.


Dados da Associação de Farmácias do Nordeste (Assofarne) apontam que a venda de tadalafila aumentou 60% na Bahia no último ano, e 220% nos últimos quatro anos, reflexo da popularização do medicamento, que chegou até a inspirar músicas e brincadeiras nas redes sociais.

O caso reacende o alerta sobre o uso indevido de estimulantes sexuais, reforçando a importância do acompanhamento médico e da conscientização sobre os riscos à saúde.

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