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"Isolamento social não derruba a economia", diz Rodrigo Maia em sessão extraordinária

"Isolamento social não derruba a economia", diz Rodrigo Maia em sessão extraordinária

"Quarentena e isolamento social não derrubam a economia. Quem derruba a economia é o vírus. A quarentena salva vida", disse o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em disccurso na abertura de sessão extraordinária deliberativa virtual desta terça-feira (26/5).
Maia salientou que o grande desafio do momento "é derrotar o coronavírus, vencer a gravíssima crise social e econômica que está à nossa frente, preservando a nossa democracia". Ele também ressaltou que o Brasil passa por um "momento crítico" e pediu "diálogo" e "harmonia entre os poderes”.
O discurso, “em nome do Parlamento brasileiro”, fez aceno para o governo federal e também para o Poder Judiciário. "Dialogar é da natureza do parlamento. Por isso, vejo com naturalidade o esforço do governo federal para ampliar sua base política. Ao invés de ser criticado, esse esforço deve ser respeitado. O sistema democrático exige a convivência republicana entre Executivo e Legislativo".
VÍTIMAS
No início do discurso, Maia se solidarizou com os familiares de vítimas do coronavírus, citando o número de 400 mil mortos, em todo o mundo, em razão do vírus, e as mais de 23 mil vítimas do coronavírus no Brasil nos últimos três meses:
"Falo em nome da Câmara dos Deputados para as famílias que perderam seus entes queridos e que não puderam se despedir dos seus entes queridos. E para quem ficou, que não pode receber abraços nesses momento".
Maia homenageou ainda os profissionais de saúde que trabalham no combate a pandemia, os quais chamou de herois e lembrou que muitas vezes esses profissionais "deixam suas famílias para trabalhar e atuam em situação de risco, muitas vezes sem condições adequadas".
PODERES
O presidente da Câmara lembrou que se reuniu, recentemente, com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e foi recebido "com elegância e cordialidade, como mandam os ritos", e disse que tem bom relacionamento com os ministros. "Mantenho diálogos institucionais permanentes com o Executivo federal. Nos momentos mais tensos das relações entre os poderes, mesmo criticado, sempre coloquei acima de tudo o interesse nacional. Nunca desisti de construir pontes e de destruir muros".
Aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Maia disse que o Parlamento "respeita e cumpre as decisões judiciais, mesmo quando delas discorda”, afirmou ao salientar que “é isso o que determina a carta constitucional, e todos juramos respeitá-la".
Em tom conciliador, o enfatizou que por causa da crise provocada pelo novo coronavírus, "a nação exige que tenhamos prudência e postura. Exige que estejamos à altura dos combates que já foram e que ainda serão travados". Para Maia, a expectativa da população é manter um diálogo construtivo entre as instituições e para com a sociedade: "Os brasileiros exigem de nós trabalho e respeito pelos que mais sofrem. É preciso estar à altura das expectativas de nosso povo".
No discurso, Maia ainda fez um balanço das medidas aprovadas pelo Congresso Nacional para combate ao coronavírus e atenuação da crise provocada, como o pagamento da ajuda emergencial à população mais vulnerável, financiamento a micro, pequenas e médias empresas, além do socorro a estados e municípios.

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