A Interpol prendeu o empresário Eduardo Fauzi Richard Cerquise, 41, em Moscou, na Rússia, nesta sexta-feira (4/9). Ele é apontado como um dos autores do ataque à sede do Porta dos Fundos no ano passado, quando dois coquetéis molotov foram atirados contra a fachada do edifício onde funciona a produtora, no Rio de Janeiro. As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Fauzi já havia postado vídeos em que aparecia caminhando livremente pelas ruas de Moscou, mesmo estando na lista vermelha da Interpol. Ele sofrerá extradição e será trazido de volta ao Brasil. "Foram iniciados os procedimentos para dar início ao processo de extradição pelas vias diplomáticas, conforme solicitação da nossa congênere em Moscou", afirma comunicado assinado pelo agente Alexandre Alves Santos e enviado ao Porta dos Fundos. De acordo com a reportagem, Fauzi estava na Rússia desde 29 dezembro, após fugir do Brasil. Ele já havia morado no país russo anteriormente, segundo os investigadores do caso.
O atentado contra o Porta dos Fundos aconteceu em 24 de dezembro de 2019, véspera de Natal. A motivação seria o "Especial de Natal Porta dos Fundos: a Primeira Tentação de Cristo", divulgado na Netflix pouco antes. Apesar das bombas, um dos seguranças conseguiu controlar o princípio de incêndio e não houve feridos. O caso foi registrado como crime de explosão.
Segundo a polícia, Fauzi era o único membro do grupo que jogou as bombas não usava capuz, permitindo sua identificação. Ele já havia sido condenado judicialmente por agredir um secretário municipal do Rio e tem vínculos com organizações integralistas, movimento político de inspiração fascista. No dia seguinte ao ataque, um grupo autointitulado Comando Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira divulgou um vídeo reivindicando a autoria do ataque.
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