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Ataque hacker ao TSE também acessou dados de 2020 do tribunal; invasão não interferiu na apuração dos votos


O ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também conseguiu acessar dados de 2020 relativos a informações de funcionários do órgão. Inicialmente, acreditava-se que o ataque havia obtido acesso apenas a informações do período entre 2001 e 2010 relativos a dados funcionais de ex-ministros e servidores. A informação foi publicada primeiramente pelo Jornal O Globo. 

Segundo as investigações da Polícia Federal, com a colaboração do TSE, a invasão ocorreu, provavelmente, em data anterior a 1º de setembro e teria partido de Portugal. Até então, os investigadores estimavam que o ataque teria ocorrido antes de 23 de outubro, mas ainda não há precisão sobre a data e, por isso, o caso segue em apuração.

Os dados acessados pelo hacker foram divulgados no último domingo (15/11), data do primeiro turno das eleições para prefeitos e vereadores. Na oportunidade, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, disse suspeitar de "motivação política", com o objetivo de ferir a credibilidade do sistema eleitoral.

Também de acordo com o TSE, a invasão dos dados não trouxe risco ao sistema de votação nas eleições, pois as urnas não ficam conectadas à internet e a transmissão dos votos para totalização do resultado é feita por uma rede própria do tribunal, que usa comunicação criptografada. Além disso, o processo de soma dos votos é realizado por um computador exclusivamente dedicado a esse processo.

No dia 15, um segundo ataque mirou os sistemas do TSE com o objetivo de retirá-los do ar. Esse tipo de prática, conhecida como "ataque de negação de serviço", consiste na realização artificial de milhares de acessos simultâneos a um site, na expectativa de que a sobrecarga "derrube" o sistema.

Diferente da primeira invasão, essa segunda tentativa de derrubar o sistema teve origem identificada no Brasil, Nova Zelândia e Estados Unidos, mas foi neutralizada pelo tribunal. Técnicos do órgão ainda investigam se ela contribuiu para a falha no acesso ao aplicativo e-Título, utilizado para a justificativa do voto no dia das eleições e também para identificar os eleitores nos locais de votação.

Outro ponto trazido por Barroso é que os ataques não tiveram relação com o atraso na divulgação dos resultados do primeiro turno das eleições. Segundo o ministro, o TSE sofreu com uma falha na operação do supercomputador comprado para fazer a totalização dos votos. A totalização é a soma de todos os votos das urnas para a divulgação nacional dos resultados.

Por causa dessa falha, o processo de apuração foi encerrado próximo à meia-noite do domingo, aproximadamente duas horas e meia depois do horário em que foi finalizado nas últimas eleições, em 2018.

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