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Bahia lamenta indiciamento de Ramírez pela polícia do Rio e diz que não há provas que justifiquem decisão


O Bahia se pronunciou após o indiciamento, nesta quinta-feira (4/2), do jogador colombiano Juan Ramírez pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, acusado de injúria racial contra o volante Gerson, do Flamengo. Em comunicado oficial, o clube lamentou a decisão, mas afirmou que a notícia não causa surpresa, "tendo em vista as manifestações públicas preliminares da delegada do caso à imprensa especializada".

No texto, o clube diz que a imprensa especializada se refere ao atleta rubro-negro como "nosso jogador", e reforça que Gerson não compareceu ao depoimento perante à Justiça Desportiva, "indicando espectro de notória parcialidade".

O Esporte Clube Bahia também informa que teve acesso a todos os depoimentos colhidos no inquérito e pode garantir "à sociedade e à torcida tricolor que a decisão foi absolutamente despida de qualquer fundamentação probatória", ou seja, não há, no processo, provas que justifiquem a decisão tomada

"Em todos os momentos do episódio, o Bahia se comportou em busca da verdade dos fatos, sem desmerecer a palavra de Gerson, mas também considerando a presunção de inocência do seu atleta e a necessidade de se produzir prova robusta e incontestável", reitera o clube, no comunicado.

Por fim, pontua que, sem a apresentação de fatos novos, aguardados por mais de um mês, "a diretoria tricolor seguirá apoiando Ramírez e tem convicção de será feita Justiça, ao tempo em que reafirma a sua posição de clube expoente da luta antirracista no futebol brasileiro".

INDICIAMENTO

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou Ramírez nesta quinta (4), por injúria racial contra Gerson, do Flamengo, durante confronto dos times pelo Campeonato Brasileiro, em 20 de dezembro do ano passado. O inquérito vai, agora, para o Ministério Público, que decidirá se apresentará a denúncia.

Além dos atletas envolvido, foram ouvidas outras pessoas presentes na ocasião, como os também jogadores Natan e Bruno Henrique, do time carioca, e o então técnico do Bahia, Mano Menezes.

A conclusão da Polícia Civil é de que a versão de Gerson é verdadeira. Ele acusou Ramírez de ter dito: "cala a boca, negro". O colombiano, porém, negou a declaração.

O caso também é analisado pelo Superior Tribunal da Justiça Desportiva. Gerson e os outros jogadores do Flamengo dariam depoimento na quarta-feira, mas não compareceram. Por isso, o inquérito vai seguir sem a declaração deles. À imprensa, o vice geral e jurídico do clube do Rio, Rodrigo Dunshee, explicou que os atletas não foram foram autorizados para depor por causa do clássico contra o Vasco, nesta quinta-feira (4/2).

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