Pelo menos 7,3 milhões de brasileiros receberam o auxílio emergencial de forma indevida, segundo balanço divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quarta-feira (3/3). O valor total gasto pelo governo federal com o benefício foi de R$ 54 bilhões. O Congresso e governo federal discutem o retorno do pagamento do auxílio, mas, desta vez, com parcelas de R$ 250 e para uma parte menor da população.
De acordo com o coordenador-geral de Controle Externo da Área Econômica e das Contas Públicas do TCU, Tiago Medeiros, os pagamentos indevidos ocorreram por três motivos. O primeiro foi a base de dados que estava incompleta; o segundo foi a falta de fiscalização para saber se a pessoa que recebia o auxílio continuava ou não com renda formal; e o terceiro foi a autodeclaração de renda e composição familiar.
Em entrevista à Agência Senado, Medeiros explicou que o último quesito é um “ponto fraco” do auxílio. “Esse é um caso que não tem solução fácil. A solução seria obrigar o beneficiário a atualizar esses dados mensalmente ou garantir acesso a informações bancárias”, disse