O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), salientou nesta sexta-feira (15) que, para serem realizadas regularmente, as festas do tipo "paredão" sempre necessitaram de autorização da prefeitura.
A fala ocorre após o governador do estado, Rui Costa (PT), anunciar a "proibição" destes eventos na Bahia. "Para festas serem realizadas fechando ruas, as prefeituras precisarão autorizar e comunicar à Polícia Militar previamente. Caso não haja autorização prévia, a PM deverá apreender os equipamentos sonoros", afirmou o chefe do Executivo estadual.
"Já era assim", respondeu Bruno, em entrevista à imprensa durante a inauguração da nova sede da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), no bairro do Comércio.
"Em relação a autorização da prefeitura para paredões ou para qualquer evento, ela tem que ocorrer. Então qualquer evento pra ser realizado, precisa de autorização prévia da prefeitura. Seja na rua ou seja num ambiente fechado, público ou privado. O que ocorre com os paredões é que eles são feitos de forma irregular, sem qualquer registro perante o poder público, sem qualquer autorização [...] As prefeituras têm que autorizar previamente. Já era assim. Já é assim", declarou o prefeito.
Chacina
O endurecimento na fiscalização de paredões no estado da Bahia foi anunciado pelo governador após a morte de pelo menos seis pessoas durante uma festa do tipo no bairro do Uruguai, em Salvador, na noite da última terça-feira (12).
Ao menos outras 12 pessoas também foram atingidas pelos disparos.
