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Kannário critica proibição dos "paredões" e defende trabalhadores do segmento; "se o traficante paga, qual a diferença para o dinheiro do político?"

 

O cantor e deputado federal Igor Kannário criticou a decisão do governador da Bahia, Rui Costa (PT), de proibir "paredões" no estado, após a chacina ocorrida no bairro do Uruguai, em Salvador. O artista publicou uma série de stories no Instagram e disse que a culpa da violência nas ruas não é dos organizadores dos "paredões".

"O governador 'tá' querendo jogar a cruz em cima de vocês, porque, na verdade, é ele que é responsável pela segurança pública da Bahia e da cidade de Salvador também", criticou o cantor. Igor Kannario critica proibição dos paredões feita pelo governador Rui Costa.

 

 

Em outro momento, Kannário lamentou a morte das seis pessoas. "Nesse momento tem que ser feito um novo planejamento de segurança com mais policiais e aumentar os horários de trabalho para poder ter segurança 24 por 48 [horas]. Nas praças que tiverem os 'paredões', [deverá] ter a presença da segurança pública". 

O anúncio de Rui Costa foi dado na quarta-feira (13/10), horas depois do banho de sangue. "Para festas serem realizadas fechando ruas, as Prefeituras precisarão autorizar e comunicar à Polícia Militar previamente. Caso não haja autorização prévia, a PM deverá apreender os equipamentos sonoros", escreveu o petista no Twitter. 

O governador afirmou em um evento que quem está financiando a morte desses jovens [da chacina], é o tráfico de drogas. "O debate precisa ser amplo de toda a sociedade brasileira, da imprensa, especialistas, defensorias, Ministério Público, judiciário, congresso nacional", afirmou o governador na oportunidade. Kannário discorda. "O 'paredão' é uma empresa, pode ser alugado por qualquer pessoa. 

 

Qualquer um que dê a grana. Não tem como saber. Dinheiro por dinheiro, traficante coloca o pula-pula para as crianças. Se traficante paga, qual a diferença para o dinheiro do político?", argumentou durante o programa Cidade Aratu. Ele ainda defendeu um Projeto de Lei para regulamentar o tema.

 

"O governador não me atende nunca, nem como parlamentar, nem como artista. Acabei de conversar com Bruno Reis para a gente ver a possibilidade de a gente pegar um terreno e colocar 'paredões'. Acho que tem que ter um Projeto de Lei para cobrir os trabalhadores", destacou.

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