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"Baiano bom é baiano morto": PMs teriam participado de torturas em vinícolas


 

Vítima de trabalho análogo a escravidão em vínicolas conta que torturadores se diziam PMs

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul continua investigando o caso dos baianos mantidos em situação análoga a escravidão em uma vinícola da empresa Fênix Prestação de Serviço. Mais de 200 pessoas foram resgatados no dia 21 de fevereiro e desde então vêm revelando novidades sobre o caso.

De acordo com reportagem do SBT News, partes dos depoimentos das vítimas revelaram que alguns torturadores se diziam policiais militares. Nos alojamentos onde os baianos eram mantidos, foram encontrados cassetetes, spray de pimenta e arma de choque. 

Uma das vítimas contou ter sido trancada e espancada. Os torturadores usaram spray de pimenta, aplicaram o golpe 'gravata' no pesoço, deram soco no rosto, pancadas com cabo de vassoura, mordida no ombro, choque com taser e até mesmo cadeiradas nas costas

Outra vítima também declarou que um dos torturadores chegou a dizer que "baiano bom é baiano morto" e que houve uma "ordem de matar os trabalhadores baianos".

Apesar da acusação de que os homens se autodeclaravam policiais militares, o Gerente Regional do Ministério do Trabalho, Vanius Corte, afirmou que ainda não há confirmação de que os torturadores são, de fato, agentes da Segurança Pública.

"Não temos a informação se é real ou não [a informação] ou se as pessoas utilizaram isso como forma de intimidar os trabalhores", declarou à emissora.

Segundo o SBT News, Pedro Augusto de Oliveira Santana, apontado como responsável pela empresa que aliciou os trabalhadores, foi preso na última quarta-feira (22), mas acabou sendo solto após pagamento de fiança.

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