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Câmara adia votação de MP e governo Lula enfrenta possível redução de ministérios

A votação da medida provisória (MP) que reestrutura os ministérios foi adiada pela Câmara dos Deputados. Inicialmente programada para ocorrer durante a madrugada, a votação foi remarcada para a manhã desta quarta-feira (31), a partir das 11h. A MP tem validade até quinta-feira, dia 1º, e, caso o prazo expire, a estrutura ministerial retornará ao que era durante o governo Jair Bolsonaro, com 23 pastas em vez das atuais 37, resultando na perda de 17 ministérios.

Deputados de partidos como União Brasil, Republicanos, PP e até mesmo oposicionistas do PL manifestaram insatisfação com a articulação política do Palácio do Planalto e ameaçaram votar contra o texto. Os líderes partidários avaliam que o presidente Lula precisará intervir para tentar resolver a falta de coesão da base aliada no Congresso. As principais queixas dizem respeito ao ritmo de liberação de emendas parlamentares e à demora na nomeação de aliados para cargos regionais.

"Existe um clima de insatisfação como eu nunca vi antes. Parece que o governo já tem quatro anos. É um governo novo que parece velho. Está muito complicado. Ninguém tinha confiança de que o governo venceria se a votação ocorresse hoje. O risco de derrota era iminente. Até mesmo os líderes petistas e de esquerda têm consciência de que o governo está politicamente desorganizado", afirmou o deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), que faz oposição ao governo.

Anteriormente, houve um sinal de que o governo poderia enfrentar dificuldades na aprovação da proposta, quando o marco temporal foi aprovado com uma margem de 283 votos a favor e 155 contra, representando mais uma derrota para o governo. Agora, a matéria segue para o Senado.

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