Homens também precisam de ajuda: o silêncio que muitos carregam

Por Joab Vitorino - Bereu News 


Durante muito tempo, a sociedade colocou o homem no papel de provedor e protetor. A imagem construída é a de alguém forte, que não chora e que deve suportar qualquer dor em silêncio. Mas a realidade é bem diferente. Por trás dessa ideia de força inabalável, existem homens que sofrem calados, porque não se sentem autorizados a demonstrar fragilidade.

Muitos crescem ouvindo frases como “engole o choro” ou “homem não pode fraquejar”. Essas palavras, aparentemente simples, se transformam em muros que impedem que eles busquem ajuda quando precisam. E assim, acumulam pressões, medos e inseguranças que acabam refletindo na saúde mental.

Não é raro encontrar homens com ansiedade, depressão ou outros problemas emocionais que jamais foram compartilhados com alguém. Isso acontece porque, na maioria das vezes, o medo do julgamento pesa mais do que o desejo de se abrir.

Mas é importante lembrar: pedir ajuda não é sinal de fraqueza, é sinal de coragem. Homens também têm o direito de sentir, de chorar, de falar sobre suas dores e procurar apoio.

Romper esse silêncio é um desafio coletivo. Família, amigos, escolas e até os espaços de trabalho precisam ajudar a desconstruir a ideia de que masculinidade é sinônimo de resistência absoluta. Afinal, antes de qualquer papel social, o homem é ser humano. Ele também precisa de cuidado, acolhimento e espaço para dizer: eu não estou bem.

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