Joenia Wapichana, primeira mulher indígena eleita deputada federal, foi uma das vencedoras de prêmio já concedido a Nelson Mandela, Martin Luther King e Malala Yousafzai
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Joenia Wapichana, 43, é a primeira indígena eleita deputada federal da história — Foto: Reprodução/Facebook/Joenia Wapichana
A indígena roraimense Joenia Wapichana foi uma das vencedoras do Prêmio das Nações Unidas de Direitos Humanos de 2018. Eleita por Roraima no último dia 7 com 8.491 votos, ela é a primeira mulher indígena deputada federal.
O prêmio, anunciado nesta quinta-feira (25) é concedido a pessoas e organizações por suas conquistas em direitos humanos. Os outros quatro vencedores são da Tanzânia, Paquistão e Irlanda. A premiação será em 10 de dezembro na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
“Vai fazer com que o mundo preste atenção que os povos indígenas são detentores de direitos, que têm seus valores, não somente aquele olhar de cobiça para as terras indígenas”, declarou Joênia em entrevista à ONU em Boa Vista. Ela dedicou o prêmio às mulheres indígenas.
Nascida em comunidade indígena de Roraima, Joenia Batista de Carvalho, que se apresenta como Joenia Wapixana, nome de sua etnia, é defensora dos direitos humanos das comunidades indígenas.
Advogada e mestre Universidade do Arizona, nos EUA, ela também foi primeira mulher indígena a se formar em direito e exercer a profissão no Brasil.
Em 2008, fez um pronunciamento histórico no Supremo Tribunal Federal (STF) durante o processo de demarcação em área contínua da Reserva Raposa Serra do Sol.
Prêmio
Criado pela Assembleia Geral da ONU em 1966, o prêmio está em sua décima edição. Martin Luther King, Nelson Mandela, Malala Yousafzai, as organizações Anistia Internacional e Comitê Internacional da Cruz Vermelha estão entre os vencedores de edições passadas.
De acordo com a ONU, o prêmio é uma oportunidade de “enviar uma mensagem clara aos defensores dos direitos humanos em todo o mundo de que a comunidade internacional agradece e apoia seus esforços para promover todos os direitos humanos para todos”.
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